Nossa jornada de estudos em Paris!!

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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

O ensino na França

Nossa missão na Cidade Luz é estudar.
Na verdade, pensamos que íamos estudar.

Ledo engano.

Estamos estudando pra caramba!!! Muito mais do que gostaríamos, mas muito menos do que deveríamos!!
Imagino que acompanha o blog deve pensar que somos turistas. Mas temos um "combinado" de só relaxar nos finais de semana, e dedicar todos os turnos da semana para o estudo.

Mas essa sensação de estar estudando menos ou mais, tem fundamento. Aqui o ensino é bem diferente do Brasil.
Nós que somos da área de exatas estamos sentindo bem a diferença, que se reflete no tipo de abordagem dos temas, que são muito mais "teóricos e matemáticos" do que vimos no Brasil.
Enquanto na universidade brasileira temos muitos exemplos práticos (embora achamos que seja pouco!!) aqui é tudo matemática!!!
E pelo tipo de ensino-base que os alunos tem, pra eles é muito tranquilo esse tipo de aprendizagem.

Explicando como a coisa funciona aqui:

A partir dos 3 anos a criança pode ir pra école maternelle. Antes disso existe a opção de crèche.
O ensino é obrigatório a partir dos 6 anos de idade na école primaire.
A partir dos 11 anos as crianças vão para o collége e a partir do 15, para o lycée para completar o baccalauréat (diplome bac),  equivalente ao nosso ensino médio.

Depois disso existem duas opções:

- Entrar nas universidades públicas, onde todo aluno com baccalauréat tem o direito garantido de estudar. Ou seja, a universidade é obrigada a acolher todo o aluno interessado que tenha terminado a escola. As universidades formam mais professores e profissionais de saúde e pesquisa. A duração dos cursos é de 3 anos.

- Ingressar numa École ou Grand École, que são unidades de ensino superior criadas por Napoleão para suprir a falta de mão de obra de alto nível. São formadoras de profissionais de base para as mais diversas áreas.
Porém, para entrar numa École é necessário fazer um curso preparatório (classe prépa), durante dois anos, onde se aprende os fundamentos do ensino superior, de acordo com o curso superior desejado. Dizem que é super pesado!!! São dois anos estudando muito para passar no concurso e estudar mais 3 anos para obter o diploma.

A França adotou, em 2006, o sistema europeu de ensino chamado  "LMD" (Licence-Master-Doctorat)

Licence significa diploma bac+3 (ou seja, ensino médio mais 3 anos de ensino superior), e Master, diploma bac+5.
Depois, é partir para o doutorado, que tem duração mínima de 3 anos, e envolve a defesa de uma Tese.


As reformas na educação nos últimos anos tem aproximado mais as universidades e écoles. Por exemplo, o master que eu faço aqui é um curso conjunto de três instituições: a universidade na qual estou matriculada que é a Université Pierre et Marie Curie (Sorbonne - Paris 6), ESPCI (École Superieure de Physique e Chimie Industrielles) e ENSCP (École Normale Superieure de Chimie de Paris).
A ideia é aproximar as instituições e nivelar os alunos formados.

Espero que esse post inspire futuros colegas a vir e aproveitar uma das melhores coisas da França: o ensino de qualidade!

Au revoir!!

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

O Brasil, visto da França

Documentário que vi segunda-feira, na TV Francesa, sobre o Brasil e NO Brasil:

"O Brasil é uma terra exótica, mas já é possível encontrar mais coisas além de belas praias e belas mulheres"

"Quando foi colonizado, o Brasil foi dividido em partes, chamadas de capitanias hereditárias, e 'doado' às famílias ricas. E esse sistema persiste até hoje."

"Não existe classe média no Brasil. Ou são pobres, ou são muito ricos"


Aula do Murilo, na semana passada:

"A figura mostra as luzes acesas, de noite, ao redor do mundo. Podemos ver uma grande intensidade de luzes no litoral do Brasil por que o resto do país é coberto pela floresta e não há uma população significativa"


Toda vez que eu falo "eu sou brasileira" eu ouço a frase:

"Como assim? Você é loira e de olhos claros!!!! Tem mais assim como você lá???"


Como eu sou uma pessoa de exatas, eu concluo com base nos dados.
Longe de mim especular.... mas eu acho que tá na hora do mundo (e da França, nesse caso) abrir mais os olhos e enxergar quem somos.
Tá na hora de mostrarmos quem somos.
Tá na hora de vir pra cá, estudar, voltar pro Brasil e fazer desse país a potencia que ele merece ser.
Desabafo feito!

Au revoir!!!

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

La Marrá

Dicionário Francês - Carioquês
pour Frederico Barros, edition Maison du Brésil, 2011.

Marrá [ma'xa] sf é aquilo que todo o sujeito carioca tem; il a de la marrá ele tem marra (ele é carioca).


:)

Fred é um dos queridos amigos que fizemos aqui em Paris.
Com ele estamos aprendendo muito sobre o mais divertido dialeto do Brasil: o carioquês.
Mas não é uma simples tradução de 'carioquês - português'... Fred vai além e consegue façanhas incríveis, como quando ele explicou 'marra' para uma menina argentina, em francês!!!

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Não é novidade que viver fora da nossa terra é uma árdua tarefa. Mas fica muito mais fácil quando se faz amigos. Mais fácil ainda quando esses amigos são pessoas como o Fred, a Tati, os Edus, a Maíra, o Carlos (há!), o Hiroshi... e por aí vai!!!! Além dos amigos que "trouxemos" do Brasil...
Com exceção do Hiroshi, que é físico (mas é gente boa....há!!!) todos os outros são da área de humanas.
Pra nós que somos de exatas, e 95% das nossas relações de amizade estão inseridos neste mundo numérico, esta experiência de conviver com pessoas que tem 'muito pra declarar' está sendo fantástica.
Cada dia aprendemos algo diferente, coisas que nunca havíamos pensado.... vamos voltar pro Brasil com mais bagagem pra argumentar com um certo amigo pseudo-sociólogo (vulgo Cabelo... há!!).

Enfim... essa é uma das razões para que a nossa passagem pela terra de Simone de Beauvoir (há!!!) seja inesquecível, rica de conhecimento, boas lembranças e amizades!!!

Au revoir!

domingo, 20 de novembro de 2011

Londres

"It's 'fucking' London, baby!!"


Ouvimos essa frase ao passar por 'moças' que comemoravam um aniversário ou uma despedida de solteira com vestidos curtíssimos (e sem calcinha, segundo alguns...) na Picadilly Circus, zona onde rola a noite de Londres.
No bom e velho (e chulo!!) português, Londres é foda! Desculpa o termo, mas eu achei Londres demais e a frase super apropriada!!!!

Fomos de trem (Eurostar) e a experiência foi muito legal. Pena que fomos e voltamos muito cedo, dormimos toda a viagem e nem vimos o vagão restaurante....

Além da cidade ser linda e cheia de atrações pra encher os olhos, as pessoas em Londres são muito mais atenciosas, e isso tem feito toda a diferença pra mim.
Os museus que pertencem ao governo têm entrada livre. Fomos ao Museu de História Natural e ao British Museum. Ambos são lindos e gigantes, por isso vimos somente uma parte do acervo deles. Uma segunda viagem já está sendo pensada com carinho.... :)
Já as atrações que são pagas, são salgadas. Por exemplo, a London Eye (roda gigante ao lado do Rio Tâmisa e na frente do cartão postal de Londres, o Big Ben) custa em torno de 20 libras por pessoa.

Não subimos na London Eye pelo preço e pela falta de visibilidade, e também por que quando passamos por lá a clássica neblina tomava conta da cidade. De atração paga, fomos conhecer a Abadia de Westminster, que é a mais importante igreja da Inglaterra, pois é lá que acontecem as cerimônias de coroação e casamentos da família real. Realmente linda, imponente e cheia de histórias interessantes. O ingresso custou 13 libras com as nossas carteiras de estudante de Paris. Na foto tirada escondida, os túmulos de Newton e Darwin.


Para comer, tivemos uma bela surpresa: todas as pessoas que já foram pra lá nos avisaram que a comida seria ruim e cara. Não sei se foi sorte ou se as pessoas se enganaram, mas a verdade é que comemos muito bem e a preço bem razoáveis!! Hambúrguer gigante e super gostoso no GBK , comida indiana no The City Spice e mais os clássicos pubs, que não nos decepcionaram na qualidade da comida e da bebida servida. O clássico fish and chips foi encarado (e + ou - aprovado) pelo Murilo e pela Tatiana, mas eu passei longe...

Mas a melhor experiência de Londres foi o hostel.... pela primeira vez na vida ficamos em um, e de cara já encaramos um quarto para seis pessoas. Claro que as outras quatro pessoas eram nossos amigos queridos (Edu Dimitrov, Maíra, Edu McCartney e Tati) e tudo rolou na santa paz... ótima experiência. O hostel que faz parte da YHA fica em Saint Paul's e pertinho do centro. Fizemos quase tudo a pé.

Para encerrar a viagem, claro que, se levamos nosso próprio McCartney, tínhamos que ir à Abbey Road fazer a foto clássica! Foi difícil, pois era noite (na verdade, eram 17:30h), a luz fraca e muito trânsito, Mas nós somos brasileiros e não desistimos nunca!!!! Valeu a pena o registro histórico!


Enfim, Londres é linda e a viagem foi fantástica! Quero muito voltar lá antes de retornar ao Brasil! Me apaixonei!!!!

Au revoir!

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Roma

Estamos quase partindo pra Londres, e só agora eu consegui um tempinho pra escrever sobre Roma! Os últimos dez dias foram pesados!

Buenas....
Voamos pela Ryanair, mas esse é o assunto do próximo post, quando voltarmos de Londres e poderemos escrever também sobre o trem! (que emoção!!!!)

Chegamos em Roma e compramos uma passagem de ônibus (3,90 euros) direto à Termini, que é onde funciona a cidade. Lá que chegam os trens de grandes linhas, de toda a Europa, e também ponto de ônibus para todos os cantos da cidade. A estação tem tudo: desde farmácia e mercado até informações turísticas!!!! Mas para encontrar o guichê, você deve perguntar para muitas pessoas e achar sozinho! Daí sim, você se sente em Roma!!!
A cidade é um museu a céu aberto. Pra onde se olha, se enxerga um prédio lindo, uma fonte maravilhosa, uma ruína incompreensível... mas ao mesmo tempo é um caos!
Mas um caos que não chegou a incomodar nos três dias que passamos lá. Foi um caos com calor humano, com voz alta animada, com sorrisos ao invés do "pardon" sem sentimento... ou seja... bem diferente de Paris, que é super organizada, mas fria.
Em Termini pegamos um mapa e almoçamos por lá mesmo. Sabíamos que um ônibus só nos deixaria no hotel, e por isso olhamos no GoogleMaps a distância da estação até lá. Resolvemos ir a pé, pois eram só 2 Km. Ainda bem que fizemos isso!!! Caminhamos por ruas e locais que não faziam parte do nosso "roteiro sem roteiro" e valeu muito a  pena! Conhecemos a igreja Santa Maria degli Angeli, que tem no seu interior obras fantásticas do Galileo. Ainda passamos por muitas lojinhas legais ao redor de Termini e na Piazza della Republica.
O transporte é bem básico, cheio e barato. Um  bilhete com validade de 75 minutos, custa 1 euro. O passe para 3 dias, 11 euros. A segunda foi a nossa opção. Tem duas linhas de metrô, e nas paradas de ônibus têm placas com o itinerário. Fácil e prático.
Fomos para o hotel Galeano. Nada muito além de um quarto bem pequeno, com um banheiro limpo e café da manhã bem ralinho. Mas muito honesto pelo preço que pagamos (230,00 euros por 4 noites) sendo numa localização ótima. Pra mim, hotel é local de banho e cama. O resto, é acessório que se paga caro pra não usar.
À noite pegamos um ônibus e fomos em direção à Barberini. Nesta região a noite bomba! É também onde fica o comércio de luxo, com as marcas mais famosas da Europa, nas ruas Via del Tritone e Vittorio Veneto. Há muitos restaurantes. Jantamos no "Di fronte à..." e foi uma experiência pessoal muito importante pra mim. Eu explico: neste mesmo dia, ao pisar em Roma, minha mãe me ligou (celular funcionou perfeitamente) pra contar que meu avô Verginio tinha partido. Não foi um choque, pois ele estava beeeeeem doente. Mas dói né... meu último vô vivo! Mas resolvemos que a viagem deveria continuar, e assim seguimos...
Pois naquele restaurante o Murilo pediu uma lasanha a bolognesa. Eu, celíaca, não poderia comer a massa, mas estava tão bonito que pedi um pedaço. No momento que senti o gosto da massa feita a mão, com molho de tomate e carne moída, do jeito que minha vó fazia, não consegui me conter... comecei a chorar no meio do restaurante... foi uma sensação muito intensa!!! Muita saudade numa só garfada!!!! (Ufa... respira fundo....) As pessoas me olhavam, não sabiam o que estava acontecendo, e o Murilo segurou minha mão... não tinha muito o que fazer naquele momento além de chorar e deixar passar....
Mesmo tendo sido uma experiência bem pessoal, recomendo muito o restaurante, pois a comida era ótima e o atendimento muito bom!
Ok... voltando...
No dia seguinte, o momento esperado: Coliseo!!!!
Uma dica super-mega-importante: comprar os ingressos pela internet! Li isso num outro blog e foi o que nos salvou de uma fila de mais de 2 horas no Coliseo, e outra de 1 hora no Palatino e Fórum Romano. Por 15 euros, os três lugares.
O Coliseo é fantástico... sair da estação de metrô e dar de cara com aquele gigante de pedra, cheio de história... é de tirar o fôlego. O Murilo estava mais feliz que pinto no lixo!!! Não tirava aquele sorriso lindo da boca um segundo!
Depois de umas 2 horas explorando o Coliseo, fomos ao Palatino e Fórum Romano, que ficam em frente. Lá a coisa não é muito organizada, faltam informações e banheiros. Mas é fantástico!! O lugar é gigante, cheio de ruínas, perfeito pra se perder durante umas 3-4 horas!!! Ah... comer antes de entrar é importante... lá não tem nada, além de água da fonte (que eu não recomendo...)
Depois disso, fomos comer, pois estávamos verdes de fome!!! Porém, o Murilo não se sentiu bem e voltamos para o hotel.
Então começou um dos piores momentos da minha vida: meu marido doente em terra estrangeira. Foi tenso, mas fomos muito bem assistidos pelas pessoas que solicitamos ajuda, como o pessoal do hotel e até da farmácia, que vendeu os medicamentos sem problemas, mesmo com uma comunicação de italiano macarrônico, misturado com inglês esquecido e até francês teimoso!!!! Uma torre de babel, mas com o jeitinho brasileiro de se fazer entender!
Passado o susto (um dia de virose, provavelmente da água) voltamos ao nosso passeio.
Fomos conhecer o Fontana de Trevi! Minha vez de realizar um sonho... Mas tinha tanta gente que até as fotos me decepcionaram... mas ok... minha moedinha tá lá!!!


Caminhamos pelas ruazinhas em direção à Piazza Navona. Encontramos uma lojinha super fofa de brinquedos de madeira. Até encontrei o Pinóquio, que mandou um beijo pra Gi e outro pro Kike!!!

Na Piazza Navona, tomamos o melhor sorvete de Roma, com direito a repeteco no último dia.
Depois, pela beira do rio, caminhamos até a Piazza del Popolo e subimos ao Pincio, pra contemplar o final de tarde. No jantar, surpresa!!!! Comi massa em um restaurante self-service que tinha umas bandeijinhas prontas! Muito bom!!! Fiquei muito feliz.
No terceiro dia fomos ao Vaticano. Era feriado de Todos os Santos. Chegamos quase meio dia e tinha uma galera por lá. Depois de uns minutos uma pessoa começou a falar e dar uma benção. A galera vibrava. No dia seguinte descobrimos que vimos o Papa!
A basílica de São Pedro é fantástica. Enorme, linda e rica em detalhes. Lá se entra de graça (como todas as igrejas....). Mas deixamos um bom dinheirinho pros padres na lojinha!
Depois almoçamos num restaurante bem perto da praça do Vaticano, e fomos em direção ao castelo de Santo Angelo... Que é incrível. Muitas cenas do filme "Anjos e Demônios" foram gravadas lá.
Depois saímos a caminhar pelas ruazinhas... e fomos ver o Coliseo de noite, pra fechar bem a viagem.
Dia seguinte, caímos da cama às 4:30, fomos a pé pra Termini e pegamos um ônibus pra Ciampino (o aeroporto). Antes das 10h da manhã, Paris novamente!!
Voilà... essa foi a nossa Roma, que com certeza merece uma segunda chance, pra mostrar todo seu potencial!!!!

Ciao!

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Transportes parisienses


Seguindo a linha de informações úteis do último post, aqui vai um apanhado dos meios de transporte disponíveis em Paris e a minha humilde impressão sobre eles.
A cidade oferece muitos meios de chegar de um ponto a outro. E todos esses meios dispõem de informações precisas e atualizadas. De modo que não é difícil familiarizar-se com os transportes daqui, mesmo que a primeira vista pareça uma loucura o mapa de metrôs. Até onde eu sei, os transportes disponíveis são:

Metro
O mais fácil de usar, rápido e abrangente meio de transporte daqui. Ainda não encontrei um ponto da cidade que não desse pra chegar com no máximo 3 linhas de metro. Como eu disse, no início a quantidade de linhas assusta um pouco, mas nos primeiros dias já estávamos dominando a técnica de interpretação do mapa das linhas. Tem a desvantagem de não se enxergar nada pelas janelas e fica bem lotado nos horários de pico, mas a frequência com que eles passam é impressionante. São 14 linhas que cobrem toda a cidade. Tem vários tipos de tarifas, e saber qual vale mais à pena depende de muitos fatores, mas vamos à elas:
Ticket +: É o ticket individual, que custa 1,70 euros e dá direito a usar metro, ônibus e tramway num período de 1h30 entre as validações (ou algo assim). É o ideal para estadias curtas na cidade. Pode-se comprar carnes de 10 tickets a 12 euros também.
Paris visite: Passe de 1 a 5 dias, com trajetos ilimitados. Tarifas de 9 a 52 euros.
Navigo: Esse é o cartão (eles adoram cartões por aqui) com o qual se faz os planos por períodos (semanal, mensal ou anual). Semanal: custa 18,85 euros e vale de segunda à domingo. Mensal: custa 62 euros e vale até o último dia do mês, independente do dia da compra. Anual: custa 633, 70 euros, mas tem que ser residente de Paris para habilitar um desses (e não aceitaram nosso comprovante de residência, aí estamos fazendo o mensal). Todas as modalidades de Navigo são com trajetos ilimitados de metro, RER (dentro de Paris), ônibus e tramway. O que é uma baita mão na roda.
Imagine R: É como o Navigo anual, mas para estudantes com menos de 26 anos (não serve mais para nós). Tarifa de 306,50 euros por ano.

Aqui uma dos raros momentos que o metro aparece na superfície:

RER
São 5 linhas de metro que cortam a cidade e vão até as cidades vizinhas. Para circular dentro de Paris, funciona exatamente como o metro, com as mesmas tarifas. Mas para sair da cidade (zona 1), tem-se que comprar tickets específicos para o destino. Chateau de Versailles, EuroDisney e os aeroportos são exemplos de locais onde se chega de RER.

Onibus
Quase todas as paradas tem indicação do itinerário e horários das linhas, assim como o tempo para o próximo onibus. Não tem cobrador. Paga-se para o motorista na entrada, onde também se pode validar o Navigo/ticket. Comprar o ticket com o motora não é uma boa, pois custa 1,90 e não dá direito à correspondências com outros transportes. É bem melhor comprar tickets nas estações de metro a 1,70. Dentro do bus, uma gravação avisa qual a próxima parada, como no metro.

Tramway
É uma espécie de "bonde elétrico" moderno. Existem 3 linhas, mas atendem a parte mais periférica da cidade. Tem uma que passa bem em frente à Citè. Mas quem vem à Paris para uma estadia curta provavelmente vai ficar na parte mais central e nem vai tomar conhecimento dessa opção. É bem interessante.
Aí vai uma foto pra ilustrar:

Velib
Sem dúvida, meu transporte preferido. Tem centenas de estações de bicicleta na cidade Paga-se 29 euros por ano e pode-se pegar uma bike em qualquer estação e devolver em outra, desde que o trajeto não ultrapasse 30 min. Se passar esse tempo, paga-se 1 euro de "multa". A maior dificuldade é encontrar uma estação quando o tempo tá acabando. Parece que elas se escondem. Já gastamos alguns euros por causa disso, mas estamos aprendendo. O negócio é ir trocando de bike, porque não tem limite de trajetos.



Bom, era mais ou menos isso que eu tinha pra falar de transportes por aqui. É claro que tem também os carros, mas aí a coisa fica mais complicada. O trânsito aqui é uma zona e eu to achando muito bom não ter que me preocupar em dirigir por essas bandas. Sem falar na forma de estacionar dos parisienses, que eu acho que daria um post específico.



terça-feira, 18 de outubro de 2011

Manual de etiqueta francesa das mensagens eletrônicas

Este post é dedicado especialmente aos amigos brasileiros que estão na (ou virão para) França. Mais umas regrinhas para seguir....

O curso de francês que eu tenho frequentado na universidade é, na verdade, um curso de etiqueta disfarçado.
A professora é uma querida, muito atenciosa e paciente com os alunos. Mas aprender francês, de verdade, com direito a gramática e fonética, isso tá difícil!
As vezes tenho a impressão de que alguns colegas vão levantar da mesa e sacudir a professora pra ver se a aula avança!!!
Na última aula tivemos uma lição de etiqueta de e-mail. Isso mesmo: como enviar um e-mail cordial mas "respeitoso" a um professor.
Vou reproduzir de forma resumida as regras da aula:

- Começar SEMPRE com "Bonjour Monsieur/Madame". O uso do sobrenome da pessoa demonstra profundo respeito e também pode ser usado .

- Nunca iniciar o e-mail com uma frase fazendo auto referência, como "Je vous...." ou "Je voudrais..."
Sempre deve-se iniciar como uma referência à pessoa. Não é cordial falar de si antes de citar a outra pessoa. O ideal é iniciar com "Vous pouvez...", "Vous pourrais...", ou, mais correto ainda, "Veuillez...."

- Caso haja algum motivo para desculpar-se, como um atraso ou uma justificativa de falta, "désolé(e)" não é o ideal.... tem que ser mais profundo, como com "Veuillez excuse..." ou a (mais mais mais) respeitosa de toda seria com "Je vous prie de bien vouloir excuser....". (Mas na minha modesta opinião, essa só deve ser usada se a porcaria for grande.... hehehehe)
Um "malheuresement" cai bem, pois demonstra sua insatisfação por perder este RV!   ;)

- Se o e-mail for para avisar ou justificar uma falta por doença, nunca citá-la. Somente "Je suis malade" é o suficiente. Mais detalhes são considerados desnecessários e muito pessoais. (como se diz caganeira em francês???)

- Ao encerrar o e-mail, sempre faça uma saudação. No caso de um professor, usa-se SEMPRE "Respectueusement" e NUNCA "Cordialement". O segundo somente é utilizado quando mandamos um e-mail para um colega ou outra pessoa do mesmo nível (trabalho, escola, universidade, etc.). O professor provavelmente vai responder com a segunda saudação, pois ele está num nível hierárquico mais elevado.
Pode-se também utilizar "Avec mes respectueueses salutations" ou então "Veuillez agréer mes respectueuses salutations"

E voilà, o e-mail está pronto! Só não esqueça de assinar!!!

Au revoir!

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

A comida, ou, Ahhhh.... a comida!!!!

Para um francês, a refeição é bem mais que um momento de ingerir combustível para o funcionamento de seu metabolismo. É um momento de lazer.

Pode ser numa refeição sozinho, com um sanduíche de baguete, jambon et fromage (clássico "presunto e queijo")  num banco de parque.
Ou então em grupo, num café com mesinhas na calçada, e uma "formule", que é a forma mais econômica de comer bem e barato. Normalmente a formule é um menu fechado, composto por algumas opções de entrada + prato principal + sobremesa.


A comida é praticamente uma religião por aqui. Existe uma relação de amor muito forte entre os franceses e o alimento. Tão forte que, só em Paris, existem em torno de 270 comércios alimentares para cada grupo de 10.000 habitantes (restaurantes, bares, lojas de comida pronta pra levar pra casa...) . Isso quer dizer que, pra cada grupo de 37 pessoas, tem um lugar pra comer por aqui... é muita comida!! (Dados do jornal do metrô!)

E é aí que mora um dos grandes perigos daqui: como tem muito opção, os lugares tendem a fazer o seu melhor, e a comida é muito boa!! Ainda não comi em nenhum lugar que fosse ruim a ponto de não voltar mais.
Sem contar que o tamanho das refeições, e até mesmo das porções, são gigantes! No restaurante universitário sempre peço que coloquem menos comida no meu prato, e mesmo assim é difícil vencer... não entendo como podem ser tão magros!
E depois da refeição ainda tem a sobremesa, que pode ser um doce, uma fruta ou... um queijo!!! Hábito estranho que eu ainda não consegui compartilhar.

Outro grande momento "alimentar+social" típico daqui é o piquenique. Tão comum e amado, que já existe um verbo, algo como  "picniquer"!! Tipo assim:
- Vai fazer o que nesse sábado?
- Ah... bouf... vou picniquer com o pessoal da universidade! Você vem também? (a bufadinha não pode faltar, né?)

É muito comum, em um dia de sol, ver os gramados dos parques lotados de grupos de amigos ou famílias inteiras, sentados em uma toalha dividindo lanches, sucos e vinho. É claro que o vinho não pode faltar! Com menos de 5 euros pode-se comprar bons vinhos nos mercados.

Mas, certo que de um milagre está acontecendo, nós emagrecemos aqui! A ponto do Murilo ter que adotar o cinto em várias calças. E eu, segundo a consulta médica do OFII, perdi uns bons 2 kg! Milagres!!! hehehe

Au revoir!

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Paris, a cidade dos noivos!

É incrível a quantidade de casais que escolhem Paris para fazer suas fotos pré-casamento.
A moda deste tipo de fotos, conhecida com pre-wedding ou street wedding, que já é bem forte no Brasil, aqui é uma verdadeira mania, principalmente de casais orientais que usam as ruas da cidade como cenário!
E claro que eu não poderia deixar de clicar, pra mostrar aqui no blog. As fotos foram feitas nas 3 primeiras semanas que estivemos aqui. Algumas tem qualidade baixa pois fiz com o celular, num dia que saímos da aula e fomo caminhar "pelo centrinho"!!!  ;)

Pont Neuf (e casal oriental 1):



Trocadero:

Carrossel do Trocadero:

Versailles (e a noiva mais brega do mundo... tadinha...)

Pont Alexander III (casal oriental 2):

Pont Alexander III (casal oriental 3):

Pont Alexander III

Notre Dame (e casal oriental 4):

E aí, Sandra Ferraz, quando vem lançar a coleção de noivas por aqui??? hihii!

Au revoir!

PS: no dia seguinte ao post do "outono?", o tempo virou e tá frio e nublado! Que boca grande eu tenho!!!!

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Outono??

Enquanto no Brasil todos comemoram a chegada da primavera, aqui não se comemora a chegada do outono!!
Quer dizer, não se comemorava até esse ano!!!
Quando chegamos aqui, no final de agosto, pegamos o finalzinho do verão, menos de um mês. Mesmo assim sentimos um pouco do que foi o verão por aqui: vento (sempre!!!), chuva e frio! Sim, o verão foi frio aqui, segundo colegas e professores.
Mas para nossa surpresa, a chegada do outono trouxe, além de toneladas de folhas secas no chão, o sol, o céu azul e o calor!!!! Há dez dias tá rolando por aqui o típico "veranico de maio" do RS!
Apesar das árvores estarem perdendo suas folhas muito rapidamente e o sol aparecer cada vez menos, os parques estão lotados de flores, crianças brincando, amigos fazendo piquenique e mulheres de biquíni! Por que que não tem praia por perto, bronzeia a bunda no gramado mesmo!!!








Aproveito este post pra mostrar o Parc de Bercy, que fica no 12° arrondissement, bem pertinho da Biblioteca Nacional. Um dos meus lugares favoritos até então!

Jardim



Roseiral, com mais de 50 espécies de rosas, lindas e muito cheirosas!!







Mas essa é especial: o mesmo galho com duas flores de cores bem diferentes!!!


E a Biblioteca Nacional:



Ah, um beijo para a Carla, que adora flores!!!

Au revoir!

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Titre de sejour

Já faz um mês que estamos aqui!!! O tempo passa super rápido, né?

Mas vamos ao assunto deste post que é o "titre de sejour", ou, como prefiro chamar, "como mostrar que vocês são quase bem-vindos na Europa, de uma forma muito constrangedora"

O titre de sejour é mais uma etapa do visto. Sim, o visto que pegamos no Brasil, pela Embaixada da França, ainda não é o suficiente para eles. Aqui temos que passar por esta etapa que consiste em pagar mais uma taxa, fazer uma consulta médica e, algumas vezes, receber um funcionário do governo francês na sua residência aqui. Como somos estudantes e moramos na Maison, da última etapa somos dispensados e pagamos só meia taxa (55 euros!!!). Isso antes de completar três meses em solo Europeu, senão paga mais uma multa e pode ser convidado a se retirar do país.

Fui convocada para o dia de ontem, segunda-feira, às 13:30.
Eu estava mega nervosa, pois não fazia ideia do que poderia acontecer ou o que as pessoas iam me perguntar. Muito menos se eu saberia dar todas as respostas corretamente. Liguei para o Kid para me acalmar um pouco, pois ele tinha aula e não podia me acompanhar pra segurar minha mão (manhê!!!).

Cheguei perto das 13:00 e já tinha uma galera na frente do local, esperando na calçada. Pensei "me ferrei, vou ficar a tarde inteira aqui". Abriram a porta e a galera avançou, como se fossem dar crepes de Nutella de graça lá dentro. Fui ficando pra trás, mas segui o fluxo. Fui, eu acho, a 20° pessoa (de umas 30) a entregar os documentos na entrada. Logo fomos encaminhados pra uma sala com cadeiras para esperar. Tinha gente de tudo quanto é parte do mundo: japoneses, chineses, árabes, turcos, americanos, canadenses....

Eis minha surpresa quando fui o primeiro nome a ser chamado! Fui conferir a papelada e estava tudo OK. Depois de mais umas 5 pessoas conferirem seus dados, fomos para uma segunda sala. Mais 10 minutos de espera, e meu nome de novo em primeiro! Fui para a primeira etapa da consulta. Me senti meio "gado", sendo pesada e medida (menos 2 kg, uhuuu!!!). Li umas palavrinhas num papel, umas letrinhas na parede e fui pro RX de pulmão. Entrei numa salinha sozinha e tive que tirar toda a parte de cima da roupa. Mais uma vez, constrangedor mostrar as peitcholas pra moça do RX.
Volto pra sala, mais 15 minutos de espera. Fui, mais uma vez a primeira, a ser convidada para uma conversa em particular com uma médica. Ela foi muito simpática. Perguntou sobre minha saúde, se estava grávida, se minha família tinha doenças, vacinas (levei meu cartão de vacinação que tenho desde bebê e minha mãe me deu quando saí de casa.... bem meigo!!!) e blá, blá blá... Sinais vitais, pulmão OK e voilà! A senhora está com a saúde perfeita para ser uma residente de Paris pelo próximo ano!!!
Mais uns minutinhos de espera, acalmei umas brasileiras que ficaram por último e não falavam francês, e fui pegar o adesivo de "gado bom" pra colar no passaporte.

Todo o nervosismo foi à toa. As pessoas foram práticas e eficientes (!) e tudo correu bem.
Ainda bem que não precisava fazer um eletrocardiograma, senão eu ia quebrar a máquina de tão rápido que meu coração batia!!! hehehe

Au revoir!

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Basquete na trave

O povo aqui é bem ligado nos esportes. Tem sempre bastante gente correndo pelas ruas e parques, ou fazendo alguma outra atividade física. Na école não é diferente. Eles tem uma estrutura bem organizada para os esportes, com um aluno responsável por cada atividade.

Pois bem, num dos primeiros dias de aula (aquele que eu furei os tenis jogando futebol) pedi para o responsável pelo basquete me avisar quando fossem começar os jogos/treinos.
Eis que domingo ele enviou um e-mail avisando que segunda à noite teria jogo, em um ginásio bem perto da école. E lá fui eu, estrear meu basquete em terras estrangeiras (oficialmente, porque esses dias já bati uma bola no parque aqui perto). Cheguei na école, que era o ponto de encontro e vi que teria gente suficiente pra sair um jogo. Estávamos em 10, contando as duas meninas e o anão. Sim, tinha um anão!!! Mas até aí eu não tava entendendo se ele ia jogar mesmo.
Chegando no ginásio, mais uma cena inusitada. O pessoal do horário anterior ao nosso era um grupo de praticantes de uma luta com espadas. Não esgrima, era mais uma coreografia de filme medieval. E com uns cidadãos bem esquisitos.
Enquanto eles "lutavam", nos fardamos e começamos a aquecer. Inclusive o anão, que vestiu sua camisa do Spurs, bermudão, faixa na cabeça e começou a alongar. Piada mais que pronta e eu ali, tendo que ficar sério.
Aí acabou o horário dos cavaleiros da távola redonda. A quadra ficou liberada e nós ali, fardaditos e aquecendo. Olhei prum lado, pro outro... nada de bola. E eu ali, fardadito e aquecendo. Foi quando caiu a ficha na galera e bateu o desespero no "organizador" do evento: Não tinha bola!!! Na verdade, tinha várias no ginásio. Mas todas trancadas em uma caixa com cadeado. E nem essa chave o "responsável" tinha. Ficamos lá por meia hora enquanto o cara corria pra todos os lados e telefonava atrás de uma bola ou da maldita chave. Em vão.
E eu só pensava na bola que eu trouxe do Brasil e ficou aqui em casa. Sim, porque com tanta organização, não imaginei que ia precisar de uma bola que viajou milhares de quilômetros pra sair um jogo.
Todo mundo fardado, aquecido e com cara de bunda. Não nos restava fazer mais nada a não ser um "au revoir" amarelo, trocar de roupa e voltar pra casa.
Pelo menos, na chegada aqui na Maison, fui direto pra cozinha coletiva, onde estava rolando uma limpeza/confraternização/desculpa pra beber vinho. Comemos, bebemos, falamos bobagens (em português!!!) e o basquete ficou pra próxima.

Segunda tem de novo. Diz o cara que não vai faltar bola dessa vez.
Vou levar a minha, só por precaução.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Crise de identidade

Estamos com um problema: o Murilo está em crise de identidade.
Na verdade, neste exato momento, ele está babando de raiva aqui no meu lado, por isso estou escrevendo com uma mão só enquanto faço carinho na cabeça dele, com a outra. hehehehe!!

Explicando melhor:
Ao chegarmos aqui ele foi abrir uma conta. Para o banco ele se chama MURILLO PATRES DA SILVA.
Tentou trocar o nome... então no cartão do banco ficou M. PATRES DA SOLVA, só pra melhorar um pouco.

Então ele foi pra universidade...
Na chamada, é claro que ele é MURILLO.
No e-mail é murillo.prastes-da-silva
No login do portal da universidade: PRASTES

Mas o pior de tudo, aconteceu hoje.... foi quando a crise atingiu o seu ápice.
Em resposta a um e-mail que ele enviou ao professor, ele recebeu uma mensagem que começava assim:
"Madamoiselle, "


Vou ali dar uma dose de rivotril pra ele se acalmar e volto em seguida....

Au revoir!!!



PS: na verdade ele tá legal, mas eu não podia deixar passar, né!!!

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Désolé

Aniversário do Murilo. Fomos comemorar, com mais brasileiros perdidos por essas terras do além mar, num restaurante típico francês: Hard Rock Café Paris!

Mas a noite só começava....

Na foto, da esquerda para a direita: Fabiano (Potter), Alex (Cão), Agueda, Andréa, Igraine, Marcela (eu!), Murilo (Kid) e Gabriel.

O jantar foi ótimo. Nos divertimos e rimos muito. O Alex quase enlouqueceu uma garçonete, pedindo drink e chopp em copos diferentes do padrão deles, só pra levar o copo pra casa. A moça demorava pra entender ele queria a bebida X no copo Y.... brasileiro tem dessas coisa que franceses, sem o mínimo de jogo de cintura, não entende!!! Mas valeu a pena pra moça, pois ela levou 5 pilas de gorjeta!!!

Porém, depois de tanto conversar e se divertir, nos demos conta da hora e de que os metrôs, trens e ônibus tem horário para encerrar as atividades. Nos despedimos e viemos eu, Kid, Potter e Gabriel em direção à Cité (eles tb moram aqui, em outra casa).

Chegamos na parada, 0:40h, e désolé... perdemos o último ônibus por pouco, tipo mais de uma hora!! 

Os ônibus noturnos começam a circular depois da 01:30h... ou seja.... nossa opção era tentar pegar o metrô (os metrôs, pois são 3 até a Cité!) antes de cada linha fechar, pois elas fecham em horários diferentes.
Pegamos o primeiro, andamos duas estações e descemos.... beleza... só mais dois!!
Corremos nas esteiras rolantes dentro da estação... 


mas não o suficiente....
Chegamos ao segundo, e.... désolé... o último metrô já passou!!!
Pena que não dá pra ver a cara dos guris!!!



Voltamos então, pela mesma esteira...


E fomos para a segunda, e menos prática opção de metrô. A TV na outra estação dizia que tinham mais dois metrôs vindo!

Voilà...

... até vir um funcionário da estação dizer que a TV estava errada, e que não tinha mais metrô. Neste momento passa um metrô na nossa frente... mas o maquinista passou fazendo sinal de "desolée... não vou parar, se f****** gurizada"!

Acabou a ilusão dos metrôs!!
Fomos para outro lado da estação....mas caminhar dentro das estações significa caminhar muuuuito. Perdemos muito tempo, mas rimos muito!!!

Então, fomos para a rua. Já eram 1:20h, e decidimos esperar o ônibus.
Ao chegar na calçada o Gabriel avistou o ônibus que poderíamos pegar, e saímos correndo feito quenianos atrás do ônibus.... mas, desolée.... ele passou....
Nisso nos demos conta de que não sabíamos se o sentido do ônibus estava certo!!!! Se tivéssemos pegado, sei lá onde íamos parar!!!

Sentamos na parada pra recuperar o fôlego (da corrida e das risadas) e tomamos a mais sabia decisão da noite: pegar um táxi!

Assim, de táxi (e sem a Vanessa Paradis), voltamos para a Cité, quase 2 horas da madrugada!!!

Se contar pela quantidade de risos e désolés, foi bem comemorado esse primeiro aniversário em Paris!

Au revoir!!

domingo, 11 de setembro de 2011

O primeiro futebol

Era inevitável, aconteceria a qualquer momento... e eis que terça-feira, joguei futebol.
Um futebol meio esquisito, mas joguei.

Estava programado para terça à tarde mais uma atividade de integração do pessoal do 1° ano lá na universidade, o Rallye des Sports. Pelo que eu tava entendendo, seria uma tarde dedicada a mostrar pros recém chegados os locais disponíveis para praticar as mais variadas atividades esportivas. Como eu tava louco pra descobrir onde jogar uma bola e precisando interagir com o povo francês, me meti na turma dos "bixos" e fui no tal rallye. Já vi que eu tinha deixado de entender alguma coisa quando a gurizada começou a pegar roupas esportivas de dentro das mochilas. Em poucos minutos, todo mundo de bermuda, tenis, e eu de calça jeans.
Acabou que viemos parar aqui na Citè Universitaire (onde fica nossa casa), que tem um espaço gramado bem grande . O rallye era, na verdade, uma espécie de gincana (mas sem valer nada). Fomos divididos em equipes para fazer umas atividades, que incluíam um treino de rugby (esporte muito popular aqui), uns jogos mais bobinhos e uma partida de futebol com umas goleiras portáteis. No meio dessa história toda, apareceu um pessoal da administração da Citè dizendo que não dava pra jogar futebol naquele gramado e as goleiras foram relocadas pra um terreno mais acidentado e com algumas árvores. Depois de concluído o Rallye, juntaram os mais fominhas e fomos jogar um futebol mais pegado. No fim, era muita gente pra pouco espaço, muitas árvores... mas na medida do possível, saiu o jogo.
Nada que se compare aos gloriosos sábados na Refap com a galera do Gentalha Futebol Clube, mas tá oficialmente jogado o primeiro futebol em terras (e árvores) francesas.
E o resultado: Furei meus tênis nessa brincadeira. Os dois pés. Agora tenho que comprar outro, em euros.
Agora é esperar pelos próximos eventos esportivos. Já deixei avisado, e quando começarem os jogos de basquete, serei avisado. Espero que seja sem árvores no caminho.

Au revoir

Versailles: enganação em três atos!

Sábado de sol, não alugamos um caminhão.
Fomos eu, Kid e Alex (amigo do Brasil, passando férias por aqui) fazer um dos roteiros indispensáveis na França: visitar o Castelo de Versailles.
O Alex já havia nos falado que era melhor comprar os ingressos pela internet ou na FNAC, pois assim pegaríamos menos fila.
Então entramos no site do Château (assim é mais chique!) e tinha vários ingressos que poderiam ser comprados. Como não sabíamos "o que era o que", muito menos o site era explicativo, fomos naquele que dizia "Visitação ao Château com audioguia, mais as exposições temporárias e acesso aos jardins". Perfeito, era isso que queríamos... dar uma olhadinha nas instalações reais (irreais!) e depois caminhar no jardinzão e se atirar na grama!
Ingressos comprados, fomos à indiada real!
Realmente pegamos bem menos fila e ficamos só uns 20 minutos torrando no sol.
Andamos umas 2 horas por dentro do Château, ouvindo as explicações em português de Portugal no audioguia e fomos almoçar... e eis que chega o momento:

Enganação 1) Naquele fatídico sábado ensolarado teria um dos eventos desinteressantes do Château chamado Les Eaux Musicales, que nada mais é que um chafariz com música clássica. Então, nossos ingressos não valeriam para entrar no jardim, pois teríamos que pagar mais 8 euros pra ver as águinhas pularem com música velha!!! Ah... pqp....
Porém, umas das atendentes nos disse que tinha outro acesso aos jardins, que não precisava pagar nada... logo ali, descendo a rua e dobrando à esquerda.

Enganação 2) Logo ali, Ah...pqp.... Caminhamos mais de meia hora pra chegar no parque que cerca o Château (e não o jardim). Mas neste lado do parque tem mais dois outros "castelinhos", e num destes tinha uma exposição temporária sobres vestidos de alta costura do século 18 (Oi Sandra Ferraz!). Belê... eu estava a fim de ver e os guris de se jogarem na grama... eis que surge...

Enganação 3)  Fui entrar na exposição mas o meu ingresso era só para as exposições temporárias DENTRO DA PORCARIA DO CHÂTEAU e não para os outros castelinhos.... Ah... pqp.... Teria que desenbolsar mais 10 euros pra ver pano velho, num prédio velho, com um monte de tralha velha.... pqp...

Então desistimos de tudo, e fomos nos atirar na grama. Depois demos mais uma volta no parque, que é bonito, tomamos um sorvete, demos mais umas voltas, nos atiramos na grama de novo e desistimos da indiada real.

Fomos para um boteco, onde os gurias tomaram 1,5 L de chopp e eu um expresso!

E assim foi, a nossa indiada real. Se quiser mais informações sobre o castelo, vai ver no site, porque eu enchi o saco dele! Outra hora coloco umas fotos no facebook!

Au revoir!!

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

As verdades e mentiras sobre o povo francês - cópia


Bom, na verdade nós não estamos há tanto tempo aqui que possamos fazer esse levantamento, mas tem um blog muito legal, que eu sigo a bastante tempo, que é O Guia de Paris, que fez esse "estudo". Peguei emprestado (tipo, copiei mesmo, mas com os devidos créditos!!) e postei aqui. Vale a pena ler.


Au revoir!!!

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As verdades e mentiras sobre o povo francês

1- Francês não toma banho todos os dias 
 Verdade

Uma grande parte dos franceses ainda cultivam essa mania... No metrô, no trabalho e até mesmo na boite ou bares é muito comum se deparar com pessoas que estão com o prazo de validade do desodorante mais que vencido. Em uma matéria feita pelo jornal Republicain Lorrain, o jornalista afirma que apenas 26% dos franceses tomam banho todos os dias!
 Além disso, convivendo com alguns franceses a gente descobre que o banho não é muito a praia deles...


2- Francês é mau humorado
Depende da região onde eles moram

Esse estereótipo dos parisienses é total verdade, porém, os franceses de outras regiões costumam ser bem mais amigáveis. Para ter noção do mau humor dos parisienses, certa vez houve uma campanha na cidade para que os cidadãos tratassem melhor os turistas... Um verdadeiro absurdo!

3- Francês tem má vontade de falar inglês
Mentira

Muitas vezes você pode se deparar com pessoas mais velhas que não falam inglês, porém, os jovens de hoje já têm uma noção bem melhor, logo, se você for escolher alguém para fazer uma pergunta em inglês, prefira alvos jovens. Esses provavelmente poderão lhe ajudar...


4- Franceses são bons cozinheiros
Depende

Que a França é o país da gastrônomia, ninguém pode negar, mas nem todos os cidadãos sabem cozinhar, e além disso, em todos os supermercados você pode achar comida semi pronta, assim, eles não têm o trabalho de cozinhar.
No entanto, a gastronomia é realmente uma paixão, todos os canais de televisão possuem pelo menos um programa dedicado ao tema, além de vários reality shows sobre comida.


5-Francês fuma muito
Verdade

 Em qualquer esquina, bar ou café você certamente vai se deparar com algum francês que fuma. Segundo o site Vulgaris Medical, hoje existem de 15 à 20 milhões de franceses que fumam diariamente. O tabagismo afeta 30% das mulheres e 40% dos homens. É normal ter um amigo francês que fuma ou que já fumou regularmente em algum momento da vida.


6- Francês lê muito
Verdade

 Mesmo se os franceses lamentam a diminuição da leitura, eles ainda são um povo que preza esta atividade.
Em qualquer lugar: metrô, ônibus, café ou parques você certamente irá ver muitos franceses lendo livros ou jornais. Além da cultura da leitura, outro fator que pesa consideravelmente é o preço dos livros e a quantidade de livrarias. Os livros quase não possuem impostos do governo, o que deixa este bem  mais acessível, mesmo a pequenos bolsos.

7- Francês gosta de baguete, vinho e queijo
 Verdade

Essa é um dos estereótipos que ninguém pode negar. Impossível achar um francês que não seja fã de pelo menos um desses produtos. Para se ter uma noção, a baguete é um produto consumido diariamente, em todos as refeições eles comem pão, inclusive, em todos os restaurantes franceses eles oferecem o pão (que é gratuito).
O vinho é outra paixão nacional que eles não abrem mão, nem quando o assunto é trânsito, pois lá não existe lei seca, e é possível tomar até um copo e meio de vinho antes de pegar o volante.
O queijo não precisa nem falar, muitas vezes esse produto substitui a sobremesa na hora da refeição.




8- Francesas são chiques
Depende

Esse estereótipo vêm certamente do grande número de marcas de luxo francesa, seja da alta costura, quanto da indústria de cosméticos e perfumaria.
Os franceses dão uma certa importância à imagem pessoal, porém, não é um seguidor da moda ao extremo, como muitos brasileiros.
Na França, podemos ver de todos os estilos e ninguém ficará olhando torto se você usar um chapéu mais ousado ou um acessório bem diferente.
A notícia boa é que você pode sair na rua da maneira que desejar sem medo de ser feliz!


9- Franceses são magros
Verdade

É claro que nem todos estão no padrão perfeito, mas é verdade que raramente você encontra uma pessoa obesa na rua. Isto acontece porque eles zelam muito pela alimentação, eles acordam mais tempo para as refeições e costumam comer bem equilibrado, sem muita gordura ou fritura, além de não serem fãs de Fast Food.
Mas, apesar de cuidarem da alimentação, eles não costumam ser musculosos, poucas são as academias nas cidades.



10- Os franceses não gostam dos ingleses
Mentira

A rixa França X Inglaterra é quase como a nossa rixa contra os argentinos, mas não por causa do futebol. A implicância mútua têm razões mais históricas, pois os dois países já declararam guerra em diversas ocasiões.
A famosa guerra dos 100 anos, da França contra a Inglaterra, pode ter sido o início da rivalidade, mas hoje em dia a implicância é apenas brincadeira.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

E começam as aulas

Voilà meu primeiro post no blog!!!
Na verdade, as aulas começaram na quarta-feira passada, mas eu enrolo pra começar qualquer coisa, não seria diferente no mundo virtual.
Mas vamos ao assunto: as aulas. Pra começar, uma breve explicação do que eu to fazendo aqui. No Brasil, estudo Engenharia de Materiais na UFRGS e foi através dela que consegui uma bolsa da Capes pra fazer um ano da graduação em Paris. Aqui, estou cursando o segundo (e penúltimo) ano da École Supérieure de Physique et Chimie Industrielles (http://www.espci.fr). A graduação em engenharia aqui é um pouco diferente. O pessoal faz 2 anos de uma espécie de preparação, onde quase enlouquecem com matemática, física e outras coisas mais "básicas". Depois fazem um exame para serem admitidos nas Écoles.
O que nos leva à minha situação: Cheguei na aula quarta esperando algum tipo de recepção aos novos alunos. Me ferrei!!! Eu to no 2º ano. Quem tem recepção são os alunos do 1° (tá, agora é óbvio). Enfim, houve uma breve fala de um professor e na sequência, aula. Foi onde começou a bater o pavor. Início de aulas em uma escola (ou universidade) nova é sempre complicado. Em outra língua então...
Os dois primeiros dias foram bem complicados. Fiquei sabendo que tem um monte de trabalhos pra fazer e apresentar (em francês) e que esses trabalhos são em grupos, que já foram definidos no início do... 1° ano.
Quinta-feira, almocei com a Cela entre as aulas. A gente tava lá comendo quando ela me olhou, como se me conhecesse há mais de 11 anos e disse: "Relaxa, vai melhorar." Aí eu vi porque essa viagem só serviria pra nós dois juntos mesmo.
De lá pra cá tá melhorando mesmo, mas bem aos poucos. To entendendo um pouco mais as aulas, descobri que ninguém tá esquentando muito a cabeça com os tais de trabalhos e que nenhum dos estudantes estrangeiros faz a menor ideia de como isso vai funcionar. Ah, e continuo sem entender nada das conversas entre os colegas, o que dificulta um pouco a interação, mas aos trancos e barrancos vai indo. O pessoal é bastante simpático... só não falam português (o que ajudaria bastante). Descobri que tenho um colega brasileiro e falei um pouco com ele. Vai ser o "translator" quando eu me apertar.
Por enquanto, é isso. Conforme a coisa evoluir, vou postando as novidades.

Saudades...

Sim... já estamos sentindo saudades... ela nos faz muita falta!

Ela esteve presente em tanto momentos importantes na nossa vida. Nos ensinou muitas coisas, nos divertiu muitas vezes e nos advertiu tantas outras.

Com ela sorrimos, gargalhamos, choramos... muitas emoções ela nos fez sentir!

Com ela ficamos por várias horas, ou as vezes por poucos minutos que já eram o suficiente para sua presença invadir nossa casa!

Cantamos juntos, dançamos juntos....
O som da sua voz ainda ecoa em nossas mentes, assim como a sua imagem que tanta falta sentimos...


Afinal foram mais de 26 anos de companheirismo ao acordar, nas refeições e principalmente à noite, no conforto da nossa casa....


Pois é... estamos tendo uma crise de abstinência.


Ainda vamos comprar uma televisão pra ter no nosso apê!!!!


(PS: já "consertei" a postagem de comentários... só não esqueça de assinar, se comentar como anônimo, Ok!)

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Mercados e compras.... e problemas da língua

Com uma lista de compras na mão, fui ao supermercado. Não fui ao Carrefour, maior mercado da região e com mais variedade, pois os vizinhos da Maison já haviam dito que era o mais caro. Então fui em outro mercado sugerido, o LIDL. O mercado é uma zona: nas prateleiras as mercadorias estão dentro das suas caixas de transporte, só aberta na lateral e na parte de cima. Tudo fica misturado (p.e., na mesma prateleira pode-se encontrar pilhas, fósforos, absorventes, cotonetes e linguiça) e o cheiro do lugar não é nada convidativo. Mas o preço é bem mais barato mesmo.
Encarei este mercado para as compras de comida (em embalagem fechada, claro) e de higiene/limpeza.
Porém, na minha lista ainda haviam mais uns itens da casa como panelas, porta-detergente, fita durex.... então fui ao bazar do outro lado da rua.
A moça que me atendeu foi bem simpática e fomos nos entendendo. Entraram dois senhores e pediram algo que ficava no subsolo e desceram. Neste meio tempo tentei pedir pra moça "imã", daqueles de prender papel em mural. Aí a coisa fedeu.... eu não sabia como dizer, ela não me entendia e nem a mímica tava rolando. Fiquei bem frustrada e decidi desistir do item e olhar no dicionário em casa. Então os caras subiram, e ela atendeu eles e quando eles estavam saíndo da loja.... falaram português um com o outro!!!! Quando ouvi eles falando português saí da loja atrás e perguntei se eram brasileiros. Eles me responderam que sim e então eu pedi pra um deles voltar na loja comigo e explicar pra ela o que eu queria.

Eis o diálogo:

Eu - Pede pra ela imã, daqueles de pregar em mural.
Moço - Imã... ah tá, tipo de geladeira?
Eu - Isso, pode ser!!
Moço pra vendedora - S'il vous plaît, vous avez "emã"?
Vendedora - Ah... "emã"... oui!!!
Eu - "Emã" ???
Moço - Tu não tinha tentado imã ainda?
Eu - Claro que sim!!!! Só que pedi com "i" e não com "e" !!!!
Moço - Ah.... mas faz toda a diferença !
Eu - (cara de tacho!!!!)

Ok, ok... ela não era obrigada a me entender, mas com a minha mímica colocando um pedaço de papel na parede e dizendo imã, ela não podia fazer um esforcinho??????

Mas no final das contas tudo deu certo. Até fui convidada pra uma pregação (os caras eram de uma igreja "sei lá do que") que ia acontecer numa praça aqui perto. Mas acabei não indo, pois a gente nem tem martelo em casa!!!! hehehehe (piada infame!!!)

Au revoir....

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

A Cité Universitaire e a nossa Redenção

A Maison du Brèsil, nossa casa aqui em Paris, fica dentro da Cité Unviersitaire, que como eu já comentei em outro post, é um bairro quase na periferia que abriga casas de estudantes de todas as partes do mundo.
Hoje o dia está maravilhoso, com muito sol, calor e nada de vento. E como o Murilo tem aula até as 15h eu saí com minha querida (boa e velha!!) D60 para registrar os arredores.
Mas antes, a vista do nosso "chambre":



E a Maison, vista por dentro da Cité (que é pra onde temos vista). As janelas do nosso apê ficam atrás dos galhos das árvores, no segundo andar.  :(



A entrada da Cité e o prédio da Maison Internationale, que é a sede administrativa da Cité.





E algumas casas legais:

A casa da Alemanha


A casa do Potter, College Franco-Britannique (très chique!)


Acho que essa é a casa dos Estados Unidos, vista de dentro da Cité, mas a entrada dela é pela rua (eles não se misturam.... hehehehe)



E, para finalizar essa manhã de sol escaldante, fui passear no Parc de Montsouris (ou, pra mim e pro Kid, "Parc de la Redention") que fica em frente à Cité. Era hora do almoço, e tinha várias pessoas sentadas nos gramados e nos bancos com uma marmita no colo, almoçando e aproveitando o sol. E também algumas gurias (lindas, por sinal) de biquini calibrando o bronzeado, e umas "nem tão gurias" que.... bom.... essas nem precisam mais de sol, porque elas já eram laranjas!!! Não sei como elas ficam com essa cor!!!  hahahaha
Convidei o Solano pra sair comigo, mas ele disse que estava com preguiça, logo ele não está nas fotos hoje!!






Voilà!! Este é o nosso bairro!

Au revoir!