Nossa jornada de estudos em Paris!!

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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Na terra do vinho (e não é Bento)


Mês passado fizemos nossa primeira viagem dentro da França. E começamos muito bem, fomos para Bordeaux.
Fomos de TGV (trem da alta velocidade), percorrendo os quase 600 km de Paris até lá em três horas e meia.


Chegamos no hotel as 9h da manhã e o primeiro contato com uma pessoa de Bordeaux nos fez pensar que não tínhamos saído da capital da bufada. Falei para a moça da recepção que tínhamos uma reserva. Ela olhou com uma cara de muito incomodada e disse "gentilmente" que o check-in era só depois das 14h. Aí perguntei se podíamos deixar as bagagens. Ela deu uma bufada que não poderia de forma alguma ser seguida de uma resposta positiva... e soltou um "bien sûr" (claro). Como já estamos acostumado com o jeitinho dos parisienses, a situação foi muito engraçada.
Mas fora esse momento, fomos bem atendidos na cidade.

Aproveitamos o primeiro dia para dar uma volta pela cidade. Almoçamos no centro e fomos conhecer o Jardim Botânico. Lugarzinho muito bonito, que deve ficar ainda melhor na primavera (sim, como todos os jardins botânicos).
No centro da cidade, tem um grande escritório de atendimento ao turista, onde fomos nos informar sobre as visitas às vinícolas (dica de um amigo que tinha ido lá uns meses atrás). Eles tem várias opções de passeios e visitas guiadas à diversas vinícolas nas cidades vizinhas.
E pode-se também pegar mapas e algumas dicas ali mesmo e fazer o próprio roteiro (foi o que fizemos).
Em frente à esse escritório de turismo fica a École du Vin, um lugar que oferece cursos de degustação de vinhos e tem um ambiente muito bonito e agradável, onde ficamos um bom tempo conversando e bebendo bons vinhos à preços bem razoáveis (2,50 a 6 euros a taça).


Depois voltamos para o hotel caminhando pela beira do rio Garonne, curtindo a cidade à noite, que é um espetáculo à parte. Todos os prédios históricos tem uma iluminação muito bem planejada, o que deixa a cidade ainda mais bonita à noite.

No dia seguinte, com o mapa das vinícolas em mãos, pegamos um trem e fomos para Saint Emilion, uma cidadezinha medieval a 40 min de Bordeaux. E que cidade! Muito bonita, patrimônio histórico mundial e mantém as mesmas características de quando foi construída, entre os séculos 8 e 12. A vista da parte mais alta da cidade é incrível.
Passamos o dia lá, conhecemos a cidade e visitamos duas caves de vinícolas locais. Caves mesmo, pois os vinhos são armazenados em cavernas escavadas debaixo da cidade quando da sua construção.
Existe também a possibilidade de visitar vinícolas maiores, conhecer o processo de fabricação, fazer degustações, etc. Mas descobrimos que a maioria delas não oferece visitações no período do inverno. Aí aproveitamos para passar o dia caminhando pelas ruazinhas da cidade e conhecendo todos os cantos possíveis.

Voltamos à noite para Bordeaux, mais uma banda pela cidade e, na manhã seguinte, trem para Paris de novo.

Baita viagem para se fazer em um fim de semana.


segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Férias adiantadas


Segunda-feira, fui para a école, onde eu deveria fazer uma prova, mas as provas estão suspensas devido a uma manifestação dos alunos, contra a demolição do "bar dos alunos" ocorrida na quarta passada.

No prédio onde ocorrem as aulas, fica o "foyer des élèves", uma espécie de centro acadêmico que, diferente dos CAs, DCEs e afins da UFRGS, é frequentado por todos os alunos e boa parte dos professores e pesquisadores da escola. Dentro desse ambiente tem um bar (ou tinha), que foi construído há mais de dez anos com dinheiro da associação dos alunos, e é administrado por eles.
Acontece que segunda-feira passada começou uma reforma no foyer, promovida pela escola, onde iriam fazer alguns reparos "sem mexer no bar". Aí quarta de manhã botaram o bar abaixo!!!

Na sequencia, um cidadão da administração da escola mandou um e-mail dizendo que nos últimos meses tem acontecido alguns atos de vandalismo (portas e vidraças quebradas, material roubado de um laboratório...) e por isso mandou derrubar o bar!

Então começou um movimento muito intenso por parte dos alunos. No dia seguinte, a école já estava tomada de cartazes "agradecendo" a abertura ao diálogo apresentada pela direção. Começaram a aparecer diversos e-mails de pesquisadores renomados que foram alunos da école (alguns inclusive trabalham lá hoje) repudiando a atitude unilateral de derrubar o bar e principalmente a justificativa, que coloca a responsabilidade dos tais atos de vandalismo sobre os alunos e "frequentadores do bar" (como já disse antes, todos os alunos da escola + boa parte da comunidade científica que ali trabalha).







Na sexta-feira houve uma assembléia geral dos alunos e a maioria votou por um boicote às provas dessa semana como forma manifestação. Em paralelo à isso, foram feitos diversos contatos entre os representantes dos alunos e a direção da escola.
E o que a direção fez? Suspendeu as provas, já que a maioria não às faria mesmo.
Eles poderiam simplesmente aplicar as provas e dar zero para aqueles que às boicotassem. É claro que isso seria muito ruim para a reputação da escola, mas era uma possibilidade.




O que mais me chama a atenção nessa história toda é a civilidade com que as coisas estão ocorrendo. Nada de manifestações exageradas e sem propósito por parte dos alunos (o que sempre acaba reduzindo a legitimidade de movimentos como esse) e uma demonstração de abertura para o diálogo (ainda que tardia) por parte da direção.

Até agora, segue tudo na mesma. Oficialmente, todas as provas foram adiadas para uma data à definir e seguem as tentativas de negociação para a reconstrução do bar. Semana que vem estarei de férias (agora é greve, não férias) e espero que na volta as coisas já estejam resolvidas ou encaminhadas. O fato é que tenho mais uma história interessante pra contar dessa empreitada em terras francesas.

E a luta continua, companheiros!!!
Não à supressão do bar!!!



quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Neve!

Alegria, alegria! A neve chegou!
Domingo amanheceu branquinho de neve! Saí da cama e qual foi minha surpresa quando abri a cortina e vi aquele manto branco brilhante que cobria as ruas e os telhados de Paris!
Mais que rápido, tomamos café, ligamos pros amigos e fomos conhecer pessoalmente a Madame Neve.
Linda, gelada, molhada e escorregadia!
Fotos, fotos, e fotos....
Depois voltamos pra Maison du Brésil pra feijoada da Vanda!

Delícia de dia!







Brasileiros na Neve!

Au revoir!