Nossa jornada de estudos em Paris!!

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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Paris, a capital da moda!

Post sobre moda despretensioso, ok?

Semana de moda em Paris! Não para mortais como nós que não temos convites dourados nas mãos!
Não faço a mínima ideia de onde ocorrem os desfiles pela Cidade Luz, mas vejo em cada esquina  uma pessoa mostrando a sua moda.

A verdadeira moda.

Nada de grandes marcas estampadas. Pouca ostentação é o que eu tenho visto por aqui.
Como estou de férias, aproveitei alguns dias para vasculhar alguns brechós da cidade, e vi muita gente mergulhando (as vezes, literalmente) nos baús de 1 euro para buscar aquele look Cindy Lauper que eu gostaria de esquecer que existiu um dia!!! Mas.... a moda é cíclica, e vira e mexe algumas coisas velhas (ops, vintage!) voltam para a alegria de uns e pavor de outros.

As adolescentes voltaram 25 anos no tempo, e hoje se vestem igual à Madonna no final dos anos 80. Cabelos crespos presos ao lado da cabeça, grandes óculos de acetato, jaquetas volumosas e pernocas de fora!




As que hoje tem 25 - 30 anos, investem em saias menos curtas, estampas florais delicadas, meias pretas finas e sapatos baixos. (ufa.... ainda bem que estou nessa categoria).





Garotos? Calças apertadas, jaquetas com peles ou jeans bem surrada e boné de aba reta!



Cores? Bem... no inverno, assim como na minha terra (RS), a opção são pelos tons escuros. Nada muito colorido. A não ser os tênis dos garotos bem ao estilo "Fresh Prince of Bel Air". OMG!!!

Outra exceção nas cores: os orientais! Esses, além de sempre vestirem várias peças de roupa, estas são sempre muito coloridas e bem humoradas! As vezes é um refresco para os olhos ver tanta cor junta! Acho uma graça as combinações deles. Eu deveria ter feito umas fotos das minhas colegas orientais. Sempre muito originais!


Au revoir!

Fonte das fotos: http://www.journaldesfemmes.com/
https://www.icuinparis.com

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Espanha e os "melhores do mundo" (na visão da Marcela)

Uma semana fugindo de Paris antes das festas de final de ano e das provas de janeiro. Essa foi a premissa da viagem à Espanha!

Foram 3 dias em Barcelona e 3 dias em Madri.

Barcelona é fantástica. Cheia de vida, de cores, de lindas obras de Gaudí, e o mais importante pra nós: o mar!!!
Nosso primeiro contato com o Mediterrâneo foi frio, mas muito bonito. O dia (e toda a semana) foi de céu azul, sol e temperaturas bem baixas, entre -1 ° e 7 °C, e com muito vento!! O mar muito azul nos chamava, mas o vento nos trazia de volta... demos só uma voltinha na areia pra dizer um "oi, tudo bem?".


Fomos ao Aquário, que é lindo e rende boas fotos! Mas não dá pra esperar nada muito espetacular, pois anda bem mal conservado.


O melhor mesmo é caminhar pela cidade, pelas Ramblas, pelo Parque Güel, ver a Sagrada Família, se perder nas ruazinhas do Bairro Gótico (que nada mais é do que um bairro antigo, cheio de ruelas simpáticas e lojas pra comprar roupas e acessórios bacanas de designers novos).
Mas lá conhecemos o melhor chocolate quente do mundo: Farggi. Altamente recomendado!!!

Depois de 3 dias na fantástica Barcelona pegamos um trem super rápido (que saiu mais caro que as passagens de avião, ida e volta!) para a simpática Madrid.

Madri já é uma cidade muito mais 'capital': funcional, metrô impecável, bem sinalizado, museus lindos e pessoas apressadas!
Comemos bem, bebemos bem, conhecemos o Museu do Prado e o Museu Reina Sofia. Ambos são fantásticos, mas cada um no seu quadrado. Enquanto o Prado tem obras mais antigas, o Reina Sofia abriga obras mais modernas. (amigos historiadores, desculpa, mas datas não são meu forte!!) Mas igualmente imperdíveis. Obras como Guernica de Picasso e as Pinturas Negras de Goya estão lá.
No Parque do Retiro pode-se passar boas horas caminhando entre as árvores, fontes e obras, e encontrar o Palácio de Cristal. Uma pena que estava fechado no dias que fomos lá. Sempre abriga exposições e a entrada é grátis.

Lá conhecemos a melhor comida indiana do mundo: Restaurante Tandoori Station. Sou muito suspeita pra falar de comida indiana, que eu adoro, mais esse restaurante teve direito a repeteco nos 3 dias que ficamos por lá.
A iluminação de Natal estava muito linda! A praça de Cibeles e o Palácio da Comunicações mostravam um show de cores! Neste último é possível subir até a torre, de graça, e ter uma vista panorâmica da cidade. Só tem que pegar tickets na bilheteria e marcar hora.



Enfim...


O país passa por uma fase economicamente delicada. O desemprego e o descontentamento das pessoas nas ruas é grande. Ouvimos muitas reclamações e vimos alguns protestos. Mas nada violento ou que estragasse a nossa viagem.
Mas também vimos muitas pessoas que não estavam nem aí pra crise: foi a maior concentração de casacos de pele que já vi na vida. E muitas vezes acompanhados 'daquela bolsa da vitrine da Chanel!'

Au revoir!

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Que diabos fazemos aqui?

Essa frase martela na minha cabeça desde o meu primeiro dia de aula.
Não só na minha, mas na do Murilo também.
Por que viemos pra cá? Será que temos condições de vencer esses desafios? Será que somos tão bons quanto eles pra merecer essa vaga na universidade? Será????
Todas essas perguntas não tem resposta ainda. Faltam alguns meses para que possamos responde-las.

Mas uma resposta, mesmo que a pergunta demore um pouco para chegar, nós já sabemos: sim, valeu muito a pena!!

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Tchau 2011! Foi um prazer

Eis que 2011 chegou ao fim.
Um ano que ninguém me convence que teve só 12 meses. Não caberia tudo que coube.
Um ano que começou de forma espetacular: dentro do mar, na Pinheira (um lugar que me faz bem pra caramba), com minha família e a Cela. Tudo como tinha que ser.
O que esperávamos daquele ano? Eu ia continuar achando tempo pra conciliar o trabalho e a faculdade, colocar um estágio e um novo desafio profissional nessa bagunça e me encaminhar pros finalmentes do curso (finalmente). A Cela continuava a busca incessante pelo emprego, estudava pra concursos e tinha uma entrevista marcada já para a primeira semana de janeiro.
O único fato "estranho" nesse réveillon foi o comentário dela quando ainda estávamos no mar, apreciando os modestos fogos da Pinheira: "Um dia eu quero passar o réveillon em Paris". Assim, despretensiosamente, ela jogou essas palavras ao ar.
E o ano começou, funcionando mais ou menos como esperávamos. Fomos pra praia com grandes amigos, depois passamos uma semana de férias conhecendo o Uruguai (primeira vez na vida que saíamos do Brasil)...
Chegou abril e surgiu uma seleção fora de época na Ufrgs, para uma bolsa de 1 ano na França. Me inscrevi, pra não deixar a oportunidade passar. Eu não tinha o perfil que normalmente é selecionado para essas bolsas, então não pensei muito a respeito. Aí veio a resposta e a coisa ficou estranha. Deixar tudo e todo mundo, ir pra França... a ideia era tentadora, mas não tava encaixando. Decidimos que a Cela viria junto e a coisa passou a fazer mais sentido.
Aí foram só "pequenos ajustes": Vender carro, casa, sair do emprego em que eu estava a 8 anos (e gostava), aprender francês do zero, providenciar visto e todas as burocracias, voltar a morar na casa dos pais (por algumas semanas) depois de anos...
Enquanto tudo isso rolava, a Cela correu atrás e, com um bom currículo, uma carta de recomendação, a cara de pau e a persistência que lhe são peculiares, conquistou uma vaga no último ano de mestrado na Sorbonne... arrumou sarna pra se coçar.

E viemos. Despedidas, abraços, horas e horas de avião... aterrissamos em Paris.
De lá pra cá estudamos muito, estivemos em outros três países, vimos coisas incríveis, nos encantamos e decepcionamos com essa cidade e fizemos grandes amizades, que tornam tudo ainda mais interessante.

Na noite do dia 31 estávamos lá, no pé da Torre Eiffel, esperando o novo ano. Que chegou sem alarde, com poucos fogos e algumas caras de decepção. Não era o nosso caso. Realizamos aquele desejo que um ano antes era verbalizado em pleno mar da Pinheira... muito mais cedo do que poderíamos esperar. Talvez não o melhor, mas o mais marcante Réveillon das nossas vidas. Juntos da gente, pessoas que meses atrás eram estranhos, cujos caminhos passavam longe dos nossos. Doutorandos das ciências humanas e suas famílias, um doutor em física, um professor de latim da ufrj, uma vietnamita que adora a companhia dos brasileiros... a família que escolhemos aqui.

E assim começou o ano. De frente para a torre, só me veio um pensamento na cabeça:
Que nesse ano que inicia caibam tantas coisas quanto couberam em 2011. Que seja novamente um ano de desafios e descobertas... O ano de voltar pra casa, de alma lavada, bagagem lotada e mais um monte de escolhas pela frente. Que tenha de novo alguns erros e decepções, que bata a saudade dos novos amigos assim como bate agora daqueles que estão longe. Que seja cheio de abraços nos reencontros... e que no final de a mesma sensação de vida vivida que deu quando a torre acendeu para marcar o fim de 2011.

Um baita ano pra todo mundo!!
BEM VINDO 2012!!!